segunda-feira, 27 de junho de 2011

Órandi Djuices!

terça-feira, 21 de junho de 2011


Palácio Lilás - 22 de Junho de 2011 às 23h57min.

{...}
Pouco mais de um ano se passou depois daquele cachorro quente. Veja como estão, ela e ele... O que são?

Ela se lembra vagamente de um período anterior aquela noite.
Parece que tudo que foi vivido antes da chegada dele era um sonho embassado e vago.
Nessa mesma hora, há um ano, ela rolava de um lado a outro na cama, morrendo de ansiedade em saber "Quem é ele?".
Após horas de conversas, eram bons amigos, mas apenas isso?
A curiosidade crescente a cada palavra que ele dizia, a cada novo comentário brisado ou assunto sério. Uma pessoa extremamente inteligente e criativa.

Um belo domingo, uma breve visita, um tchau vago e estranho. Cada um segue com seu compromisso.
Com uma facilidade imensa em ser simpático e natural.

Amanhece um novo dia.
Ao chegar, a ansiedade de vê-lo toma conta dela novamente, como nos últimos dias, aquele sorriso tímido, aquele bom dia educado.

Um convite amigável. Uma surpresa agradável.
Nem ele nem ela estavam muito bem certos do que queriam e do que realemente aconteceria.

O primeiro beijo.

Ela passa mais uma noite rolando na cama, de um lado pro outro sem conseguir dormir direito pensando no que será daqui pra frente.
Os dias se passam, a atenção dele por ela dobrou. Ela sente medo, medo do que pode não ser, desejando que seja.
Um período complicado, um mês em desacordo de horários, o momento em que ela se vê mais importante. Ela já tem um novo sorriso.

Início de agosto. Um compromisso casual. Uma pergunta petulante de outro. Uma proposta superficialmente simples e é o início formal de uma só vida.
Os sonhos mudam. Os planos demoram pouco mais a mudar.
O inacreditável coloca no caminho de ambos que contos de fadas podem existir.

Um passo a mais. Uma mesma cama. Uma mesma família.
Mudança de caminhos. O sorriso dela continua o mesmo.
A força e o apoio dele seguem ao lado dela.
A confiança cresce. O respeito cresce. O amor cresce.

Um impulso dela, num sonho a tempos guardado. Uma ampla visão dele, a possibilidade de negócios. Resultam numa nova conquista.

Por não ter sido, a primeiro momento, uma paixão arrasadora, o amor tem base sólida.
A cada dia, a cada toque, a cada carinho, a cada momento mais juntos, contruiu tudo que ela e ele são hoje.

E hoje, tudo se resume em um só amor, completo com a metade de cada um.

Ela deu-lhe bem mais que amor, carinho, companheirismo, ela deu-lhe uma família, um novo caminho, novos sonhos, novos planos, um coraçao, e por agora, apenas uma vida. Mas ela tem total intensão de dar-lhe outras pequeninas vidas.

Ela ganhou uma razão, um motivo, um amor, um desejo, um novo horizonte, um coração pra cuidar, uma história pra fazer parte, um amigo, um amante, um marido. O Consorte que ela sempre pediu que viesse a fazer parte do seu caminho.

E quando disser que quero ficar sozinha, saiba que quero ficar apenas eu com você.

Um ano que passou tão rápido ao seu lado, acho que toda a minha vida ainda será pouco para aproveitar você.
Te amo meu Consorte.
É o que diz a sua mulher.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tudo vai ficar bem....

quarta-feira, 15 de junho de 2011



You used to talk to me like
I was the only one around.
You used to lean on me like
The only other choice was falling down.
You used to walk with me like
We had nowhere we needed to go,
Nice and slow, to no place in particular.

We used to have this figured out;
We used to breathe without a doubt.
When nights were clear, you were the first star that I'd see.
We used to have this under control.
We never thought.
We used to know.
At least there's you, and at least there's me.
Can we get this back?
Can we get this back to how it used to be?

I used to reach for you when
I got lost along the way.
I used to listen.
You always had just the right thing to say.
I used to follow you.
Never really cared where we would go,
Fast or slow, to anywhere at all.

We used to have this figured out;
We used to breathe without a doubt.
When nights were clear, you were the first star that I'd see.
We used to have this under control.
We never thought.
We used to know.
At least there's you, and at least there's me.
Can we get this back?
Can we get this back to how it used to be?

I look around me,
And I want you to be there
'Cause I miss the things that we shared.
Look around you.
It's empty, and you're sad
'Cause you miss the love that we had.

You used to talk to me like
I was the only one around,
The only one around.

We used to have this figured out;
We used to breathe without a doubt.
When nights were clear, you were the first star that I'd see.
We used to have this under control.
We never thought.
We used to know.
At least there's you, and at least there's me.
Can we get this back?
Can we get this back to how it used to be? Yeah.
To how it used to be.
To how it used to be, yeah.
To how it used to be.
To how it used to be.

[...]

E depois de tudo, não sei nem se tem água quente pra tomar banho uma hora dessas...

Que frustrante.


Por sorte o Cachorro Quente num fala.

Que dia! ¬¬

segunda-feira, 13 de junho de 2011


Cachorro Quente ♥

sábado, 11 de junho de 2011



Uma bela tarde de inverno.

Saudades dos que estão longe.

Quero fondue!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

o coracao apertado doia. a vontade de desistir a assustava. o medo de
ter pego o caminho errado. as lagrimas eram poucas para o desespero e
tristeza que sentia.quando pensou que escolhera um caminho certo
disseram que nao.

terça-feira, 7 de junho de 2011


Ela acordou assustada novamente. Sentou-se rápido na cama e observou o quarto. Da janela entreaberta vinha o vento gelado da manhã de inverno. Na cama, sua pequena filha, Lavinia, ainda dormia e o espaço do marido, ao lado da pequena, estava vago. Não sabia ao certo se ele havia chegado na noite anterior. Como era de costume, sempre chegava muito tarde, quando a menina já estava na cama, mas desta vez, ela adormeceu junto com a filha.
O medo que lhe assombrava todos os dias percorreu-lhe o corpo, quando ela levantou-se da cama. Vestiu uma blusa velha que pendurará na cabeceira antes de deitar e atravessou o minúsculo quarto e saiu para cozinha, que também era a sala.

Ele estava lá, sentado numa cadeira na mesa da cozinha com o copo de vodka pela metade a frente. Pela situação dele, deveria ter dormido pouco, ou talvez nem dormido ainda, por estar acordado às seis da manhã. Antes que ela concluísse esse pensamento, ele já tinha se levantado da cadeira e agarrado em seu braço. Apertou com força o braço dela, puxando a mais pra perto dele, perguntando o porquê dela não ter o esperado para jantar na noite anterior e completou dizendo que ele estava a esperando desde quando chegará.

O cheiro forte do álcool deixou a com tontura. Ele, ao perceber que ela estava ainda calada, gritou novamente a pergunta. Ela disse algo como estava cansada ou era tarde, mas ele não ouviu. Deu-lhe um tapa que derrubou a no chão frio da cozinha. Levantou a mulher fraca e zonza do chão pelo braço que já estava levemente arroxeado e deu-lhe uma série de sopapos.
Ela apenas chorou como todos os dias em que apanhava. A pequena Lavinia apareceu na porta entre o quarto e a cozinha. Olhou a mãe caindo no chão, ela já sabia o que acontecerá, depois subiu os olhos cheios de lágrimas para o rosto do pai, a face dele queimava, cheia de fúria.
Sem reparar que a menina estava observando a cena, ele jogou a panela de arroz de ontem na mulher deitada no chão, seguida do resto de vodka do copo que antes bebia. Foi então que viu a menina.

Explicou para Lavinia, ainda em voz bem alta, que era isso que acontecia com esposas que não eram boas para seus maridos, que não lhes davam comida quente e que não os esperava para o jantar. O marido entrou no quarto, pegou uma roupa qualquer no guarda roupas e jogou aos pés da menina junto com uma bolsa e uma mochila pequena de pré-escola.

Empurrou a menina para poder bater a porta e disse que precisava descansar.
A menina continuou parada, olhando para a mãe que se levantava enxugando as lágrimas.
A mulher foi firme com a menina e ordenou que ela recolhesse o arroz enquanto ela ia tomar banho, para que não se atrasassem para o trabalho e a escolinha.

Obedientemente e sem dizer nem uma palavra a menina ia recolhendo o arroz e colocando de volta à panela enquanto a mãe colocava as roupas de Lavinia numa cadeira e levava as dela para o banheiro.
Ao sair do banho a mãe colocou uma fatia de pão de forma e uma garrafinha de suco na mochila de Lavinia, e chamou a para saírem. A menina já estava trocada e arrumada para ir.

Ao colocar o cadeado no portão a mãe sentiu que Lavinia grudava em suas pernas e a abraçava muito forte. Ao aproximar seu rosto ao rosto de Lavinia, a menina pôde ver as manchas roxas no rosto da mãe e desabou em choro. A mãe carregou a menina e acalmou a antes de entrar no ônibus.

Chegando à rodoviária, antes de pegar o segundo ônibus para a escola em que a mãe trabalhava e Lavinia estudava ainda na creche, a mulher foi até a lanchonete.
Comprou mais um maço de cigarros, uma latinha de cerveja e um chocolate.
Pensou que devido a esta compra matinal ficaria sem dinheiro para o almoço, mas não tinha muita certeza de que estaria viva até lá, então deu o chocolate pra Lavinia, acendeu um cigarro e depois de o tragar uma vez abriu a latinha de cerveja.

Então foram se sentar num banco da rodoviária e esperar um ônibus para começar o dia.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estações do Ano







sábado, 4 de junho de 2011

Eram 23 horas e 54 minutos. Ela entrava silenciosamente no quarto. Acendeu meia luz e não parava de pensar em suas confissões:
Desde pequena fugiu. Mas só agora teve plena consciência disso.
A vida inteira ela fugiu da realidade, por medo de suportar, ou medo que não fosse o sonho que ela sonhava.
Por isso gostava tanto de dormir.
Passava mais de 12 horas ininterruptas dormindo.
Durante toda a juventude foi assim.
Os pais sempre estranharam o sono exagerado que sentia, mas o máximo que perguntavam era se estava doente.
Os dias se arrastavam lentamente, a cada novo dia mais desapontamentos e maior o medo de prosseguir. O tempo passava por ela, e ela fingia uma felicidade infinita que era muito invejada.
Era um doce de menina. Estudiosa, comportada e educada.
Mas nunca fora muito adepta à responsabilidades.
Cumprir tarefas pré-determinadas nunca fora o seu forte.
Todos a viam como meiga, simpática e inteligente. A família até comentava a falta de vontade para afazeres domésticos mandados e algumas tarefas em determinados dias e horários.
Ela gostava de estudar. Ou não.
Gostava de ir para a escola. Porque fugia a realidade de sua casa.
Gostava de ir para casa no final do dia, pois fugia da realidade triste da escola.
Mal sabiam, pais e colegas, que ela chorava todas as noites por se sentir tão vazia e sem talentos.
Teve muitos problemas com amigos, ou melhor, a traição e a falta deles.
E assim se passaram os anos. Cada nova atividade era pra fugir da anterior, a qual ela começara por prazer e cansara por responsabilidade.
Aos vinte e poucos anos, com uma vida perfeita, de causar inveja à meio mundo, ela continua tentando fugir.
Há algum tempo atrás fugia por não ter nada.
Afogava-se nos livros por falta de amor, de amigos, de emprego, de motivos e de vontades. Quando não estava alheia ao mundo, em algum livro, estava dormindo.
Depois de sofrer, reclamar e pedir, a vida deu-lhe tudo em um espaço de tempo curtíssimo.
Hoje, com emprego, faculdade concluída, vários cursos concluídos, com carro, casa, noivo, família, amigos e muito amor, ela não vê motivos para continuar.
Ela tenta fugir. Alguns vícios, uns pequenos e outros grandes, alimentados para fugir de uma realidade que ela não sabe bem por quê a tem.
Quando está no plano real sempre pensa onde quer chegar com tudo que tem, mas não conclui nada.
Dizem que tem certa facilidade pra esquecer os problemas do trabalho em casa, e os problemas de casa no trabalho, muitos destes que ela mesma criou, porque estava cansada de uma vida sem problemas e incomum.
Esta facilidade se deve aos vícios.
A mente exausta só quer fugir.

Passa horas em jogos, mas tem problemas com isso e se recrimina sempre por achar ser ruim.
Uma saída que sempre utiliza como justificativa mais coesa são os livros.
Passa horas lendo alguma coisa, mesmo que no meio de uma multidão, na sala com a família discutindo, ao abrir o livro ela caí dentro dele e não escuta, não vê, não sente e não se lembra de nada mais a não ser a fantasia que surge das páginas que folheia.
Ela tem consciência disso tudo agora.
E... O que fazer?
Geralmente quando se identifica algum problema, ou algo errado, se preocupa com uma solução, uma saída.
Ela achou rapidamente.
Perguntou despreocupadamente ao noivo sobre um tipo de droga que achou em casa, entre as coisas da irmã.
No mesmo dia não se conteve, tinha que, de qualquer maneira, se livrar da consciência de que vivia a vida fugindo da vida.
Pegou o pó fino e claro, levou consigo ao banheiro quando decidiu se banhar a noite.
Tomou um banho quente, mas não conseguiu relaxar.
Só pensava nela, na droga.
Ao sair, sem ao menos se vestir, preparou o pó.
Minutos depois, já se sentia mais relaxada e calma. Nada mais a preocupava, pois ela não lembrava-se mais de nada.

ela era como uma bateria que se cansou de esperar
para carregar algum aparelho e quer ser desligada


Jogada na cama, pensava que há muito tempo havia tido a consciência de que passava a vida fugindo. Mas era algo tão distante que não importava mais.
Olhava pro teto.
Como era branco. Como era belo. O gesso liso marcava o fim do teto e inicio da parede.
Na sua antiga casa o gesso era trabalhado, nesta liso.
Preferia o gesso trabalhado, preferia a outra casa.
No instante seguinte apagou-se num sono profundo, esgotada.