Vales Valinhenses
Dia de faculdade, que não exige obrigatoriamente que eu vá!
Mas eu fui!
Depois de algumas horas e alguns ônibus, cheguei à faculdade graças a uma tiazinha que me indicou o ponto certo pra descer do ônibus.
Saí de casa cinco e meia e cheguei ao instituto dez para as sete. Eu não estudo em uma faculdade, estudo num instituto de pesquisa e ensino paulista {IPEP}.
Chegando lá resolvi não ficar procurando, pedi logo para que uma moça que trabalha lá me levar até a minha sala. O instituto parece um labirinto, sobe uma escada, desce uma rampa, sobe mais dois lances de escada, vira pra direta, depois pra esquerda, até chegar à sala 58. A moça foi muito gentil em me acompanhar até a sala, porque só com as coordenadas que ela me deu eu iria me perder na certa.
Ao entrar na sala já viu, fico observando todos e procurando os piteis, nem um assim muito chamativo, mas alguns que eu já pensei que tenho que fazer amizade.
Eu não sei ao certo se gosto ou não do primeiro dia, eu fico perdida e procurando algum conhecido. Fico analisando todo mundo, procurando defeitos e qualidades, e na maioria das vezes espero ser escolhida por alguém ou algum grupo a dirigir minha conversa a alguém. Prefiro se escolhida pra depois escolhe, se é que me entende.
Bom, tem um cara que já veio puxando papo, certeza que ele quer me pegar. Ele não é lindo, mas é charmoso, moreno de cabelos e pele, olhos expressivos, trabalha numa empresa de engenharia e construções, faz academia, tem só dezoito aninhos, mas parece mais velho. Ele sentou do meu lado, conversamos um pouco, ele me pareceu simpático e ele até me esperou na hora de ir embora. Mas vou dar uma de difícil, até porque tem o outro lá, o não-namorado-longa-história, então, que ainda me liga e me adora.
Mas o não-namorado vai ter um momento só dele, não quero falar dele agora.
Tem um outro que me chamou a atenção, loiro, de olhos claros, venho conversar comigo no final da aula, é inspetor da rodoviária, não sei ao certo o que ele faz, mas foi simpático, conversa bem, faz teatro, e é bem oposto ao outro.
O moreno chama João Ricardo e o loiro chama Daniel.
Tem uma galera que já se conhece, até porque eles foram ontem à faculdade, já se socializaram e eu não.
Tem o André, um menino bagunceiro e falador, que só faz faculdade porque os pais queriam que ele se ocupasse e tivesse ensino superior, quer dizer, ele não ta nem aí pra estudar, e ficava olhando o relógio de cinco em cinco segundos após as nove horas com medo de perder a hora do jogo de futebol. Ele me lembra meu amigo Marcos Daniel!
O engraçado é que na Anhanguera tinha muito mais mulher que homem no meu curso, e aqui parece que é o inverso, pelos alunos que foram.
Bom pra mim!
Hoje tive aula de responsabilidade social, a professora falava baixo demais e se mostrou insegura em relação ao que fazer na primeira aula, fez agente se apresentar, como de praxe na primeira semana e depois não sabia o que fazer com a classe, daí depois de ficar algum tempo em duvida optou por uma dinâmica de nomes.
A outra aula foi de uma matéria que eu já cursei, expressão e comunicação empresarial, vou ver se consigo eliminar! A professora é legal, demonstrou conhecimento e vontade de passá-lo à turma, mas se for como as aulas que já fiz, vai me dar sono.
Graças ao meu bom pai, não aquele do céu, muito pelo contrario, o da terra, que me pôs na vida, voltei de carro pra casa.
Nem vou contar que tomei chuva e banho de lama de dia porque não me convém.
Obrigada pela compreensão!
Já estou com saudade daquelas bagunças com a Ana e a Monica no carro, cantando aqueles pagodões ou aquele sertanejo brega que me diverte tanto.
É, a saudade geral está começando a apertar.
Por hoje é só, vou jogar um pouquinho!
d^.^b: Garganta – Ana Carolina {é, gosto de música, independente se é pagode, axé, samba, forró, pop, rock, reggae,MPB, dá pra cantar, fazer batuque, dançar, ou cantarolar um lalalá eu vou! }
Terça- feira,03 de fevereiro de 2009 às 18h07min.
Vales Valinhense
Estou revoltada. Mal me mudei e já me cansei dessa cidade idiota.
A cidade em si é boa, mas eu demorei quase uma hora para ir para a rodoviária da cidade, percurso que de carro leva uns 15 minutos, chutando alto. E depois pra ir para Campinas, mais uma hora no ônibus. Tudo isso para chegar à faculdade, a qual eu terei de ir todos os dias. Chegando lá fiquei sabendo que as aulas já começaram ontem, mas como acabou a energia lá, todos foram dispensados, por sorte a mulher tinha me dito que as aulas começavam só dia quatro, imagine pegar dois ônibus, e depois de duas horas chegar na faculdade e eles mandarem embora, mais duas horinhas e eu estava em casa de volta.
Só sei que o ônibus que eu peguei deu tanta volta que passou além de umas chácaras e foi perto de umas fazendas que plantam alguma coisa que eu não distingui o que era. Passou até em rua de terra.
Ninguém merece esse percurso todo de quase duas horas pra chegar à faculdade pode ser feito de carro em, no mínimo, vinte minutos. Imagine minha revolta em não ter um carro...
Ainda fiquei esperando o ônibus num ponto de ônibus municipais, e todos os ônibus intermunicipais passando direto pelo ponto. Sem contar que começava a chover.
Eu e a minha gordinha, perdidas em Campinas, na chuva, a turma burra da cidade não soube dar nem uma informação útil para nós, com fome e o ônibus passando por lugares que mais pareciam que a civilização não tinha nem chegado ainda.
E tudo isso só serviu pra descobrir que as aulas já começaram, que a faculdade é longe à beça de ônibus e que eu vou chegar bem depois da meia noite em casa.
Cansei, dá pra alguém me roubar de volta pra capital?
As plantas aqui de casa!
Eu estou estressada mesmo, com a mudança e essa bagunça toda, mas passa.
O pior é que eu preciso pegar ainda todo o conteúdo programático das disciplinas que eu já cursei na Anhanguera, pra tentar pegar algumas dispensas.
E se eu não conseguir terei de cursar todas de novo.
Acho que eu to um tanto quanto cansada, preciso dar uma volta, ter contato com gente, e de preferência gente conhecida, com quem eu possa dar minha crise revoltada sem ser advertida da minha situação paranóica.
Sinto muito... mas cansei.
É tudo!
Domingo, 1 de fevereiro de 2009 às 22h49min.
Vales Valinhenses!
Não-namorado
Você foi bobo!
Fez tudo ao contrário, agora está apaixonado e sofrendo.
Está distante daquela que ama, e não venha me dizer que não, porque eu sei que ama.
Deixou mil e uma oportunidades de estar junto dela passarem em branco, e agora corre atrás querendo só ela!
Sofre em casa sabendo que ela esteve tão perto, tão acessível e agora ela está tão distante.
Fez tudo ao contrário, teve medo e agora paga por esse medo covarde.
Teve medo de se envolver mais quando podia, teve medo de se aproximar enquanto estava próximo, e agora, o que você mais quer é se aproximar, é se envolver, mas a distancia não deixa.
Antes você poderia tê-la visto todos os dias, levado a em casa todos os dias e passado muitos fins de semana ao lado dela, feliz com ela, e por quê não o fez?
Porque teve medo, medo de sofrer, medo de chorar, medo de sentir saudades, medo de ficar longe, medo de não poder vê-la quando tivesse vontade, medo de que ela gostasse de outra pessoa enquanto você estivesse longe, medo de que ela te fizesse falta depois que se fosse e agora sente falta dela.
Porque quando você viu que ela iria realmente embora, resolveu correr atrás.
Resolveu querê-la por mais que soubesse que ia ser difícil a situação.
Mas o seu coração já estava conquistado por ela, e mesmo quando você não quis, não conseguiu fugir desse encanto.
Agora liga, fazendo charme e sonhando que ela estivesse ao seu lado.
Perdeu tempo valioso por causa desse medo bobo de se apaixonar.
Agora você não é o namorado dela, assim como ela não é a sua namorada, mas o que você mais queria era pedi-la em namoro, freqüentar e sua casa e receber seus carinhos. Poder conquistá-la e saber que ela só gosta e só quer você, mas é tarde, mas é longe...
Agora o medo se torna real, todos eles de uma só vez, porque se tivesse utilizado o tempo em que teve medo para conquistá-la e fazê-la feliz, ela ia ser inteiramente sua, e você não ia precisar desconfiar de nada, você não precisaria cuidar para que ela não te esquecesse e nem ligar todos os dias para dizer que você se importa com ela e queria ser dela.
Mas a vida é mais gostosa quando as coisas são difíceis, você tem que conquistá-la estando bem longe e vendo bem pouco, tem que se conformar com essa situação de não namorada, de apenas uma que gostava demais de você e você teve medo na hora de se entregar e agora tem medo porque já se entregou.
Você terá que lutar muito, contra o tempo, contra as dificuldades, contra a canseira que a semana acumula nas suas costas, contra o chefe e as horas extras, contra os pedágios do caminho, contra os horários que não batem e as vidas diferentes, e contra todos aqueles que você não conhece que podem estar tentando conquistar a sua não namorada.
Mas ela não pode fazer nada, ela não é a sua namorada, ela não é nada sua, porque antes que fosse ela se foi. Ela pode sair com quem quiser porque não lhe deve satisfações, porque é livre. Antes você tivesse sido esperto ao invés de medroso, e colocado uma bela coleira nela antes dela partir.
Assim ficaria mais aliviado e trabalharia tranqüilo enquanto ela passeia pela nova cidade e faz faculdade à noite no centro de uma metrópole interiorana.
Você tem que escolher logo entre deixá-la, como um amor impossível e difícil, e sair dessa como um grande covarde, que tem medo até de tentar, ou conquistá-la e tê-la, ser o herói dela, que fez o que nenhum outro faria, que teve coragem para lutar por um amor que até ela via como impossível, você vai ser mais do que qualquer outro pode ser, pois fará sacrifícios por ela que ninguém mais faria.
Sua chance é única, você pode ser o herói da vida dela, ou apenas mais um, covarde, que fracassou sem mesmo tentar.
A escolha é sua, e quando escolher, esqueça a outra opção e siga o caminho traçado, lute pelo seu ideal e nem lembre-se que existia um outro caminho.
Você só conquista aquilo que você acredita, você só consegue aquilo que você realmente quer.
Siga os seus dogmas e seus costumes,siga em direção ao que você acredita que seja o melhor, lute pelo que você julga melhor para você.
E eu vou aceitar a sua decisão seja ela qual for e vou estar pronta para seguir o meu caminho independentemente da direção.
...Ao infinito e além!
Domingo, 1 de fevereiro de 2009 às 19h48min.
Vales Valinhenses!
Ontem foi uma correria só, o caminhão quebrou e chegou tarde pra caramba aqui, depois até descarregar tudo e amontoar em algum lugar, mais tempo.
Limpamos alguns cômodos da casa para ir colocando as caixas nos devidos quartos.
Meu quarto tinha tanta caixa, tanta mochila, tantos sacos de coisas que mal dava pra andar nele.
Hoje eu já dei uma ajeitada e coloquei parte das coisas no guarda roupas.
Ainda não tenho uma cama, e nem sofá na sala.
Meu quarto é pequeno e meu guarda roupa grande, então fico com pouquíssimo espaço.
Eu no meu quarto sem cama!
Estou um pouco estressada com toda essa mudança e essa falta de espaço, gostava muito do meu palácio lilás da outra casa, o quarto era grande, lilás e tinha tudo que eu precisava, como cama, guarda roupas, cômoda, estante, espelho, quadro de fotos, quadrinhos e outros artefatos decorativos pelo quarto. Nesse novo não cabe nada, só o guarda roupas e a cama já enchem- no.
Pelo lado bom tem uma tomada de telefone e uma antena de TV, o que significa ter que dividir menos com os demais moradores da casa.
Vou puxar uma internet só pra mim.
E um telefone também, mas preciso de algum tipo de pacote de serviços que a tarifa interurbana seja mais barata.
Ontem o não namorado já ligou, e mandou mensagem, está se achando o namorado da vez. Hoje eu até dei uma ligadinha pra ele só para que ele continue apaixonadinho por mim.
As coisas começam a se acertar por aqui, mas ainda preciso descobrir um ônibus que vai pra faculdade daqui. E as aulas começam dia quatro, preciso ir até lá para eliminar as matérias que já fiz.
Eu ainda estou me sentindo como se estivesse numa casa de veraneio alugada, parece que a casa não é nossa, é estranho, mas me acostumo logo.
Bom, estou sem internet não sei até quando, provável que se está lendo eu já tenho.
Conheci os vizinhos, por enquanto nada de garotões bonitões! Dois casais, um com uma bebê de nove meses, linda, chamada Lívia, que eu já peguei no colo, claro. E outro casal com dois filhos pequenos, devem ter por volta duns cinco anos.
Minha tia e minha avó, que vieram ajudar, foram embora já e a casa está meia vazia sem elas bagunçando!
Bom, é isso, qualquer novidade eu escrevo mais.
*Ao infinito e além!
d^.^b: Acústico Panic at the disco!
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