sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sexta- feira, 10 de julho de 2009 às 11h0min.
Palácio Lilás


Uma vez um amigo me perguntou qual meu critério de escolha de livros.
Sempre que ele me vê eu estou com um livro debaixo do braço e ele se espanta com a freqüência da mudança dos livros.
Ele até brinca, dizendo que eu ando com os livros pra fazer charme e pelo tanto que troco de livro, em questão de dias, eu não devo nem ler todos eles!
Conversamos muito sobre ler uma determinada noite que nos esbarramos na rodoviária, e ele confessou que tem muita dificuldade em se concentrar para ler e também nunca acerta na escolha de um bom livro.
Ele me questionou quanto a isso, e se eu já li livros que eu achava que eram bons e depois de ler me decepcionei.
Em resposta a todas as suas questões, meu querido, digo que leio, e leio muito.
Leio livros que recomendo e leio livros que devem só enfeitar a prateleira. Mas por pior que seja o livro, sua leitura nunca é em vão, sempre pode se aprender algo, mesmo com o pior dos livros, nem que seja como não escrever um livro.
Na verdade eu não busco os livros, eles que me encontram. Os últimos livros que li vieram até mim sem que eu tivesse que fazer o menor esforço.
Há alguns anos atrás eu entrava na biblioteca e escolhia um livro por assunto que eu gosto, como literatura inglesa, assuntos místicos como atlântida, ou algum tipo de livro que chame minha atenção pelo título e pelo assunto.
Já tive muitas experiências de livros que estavam em algum canto escondido na biblioteca, mas que chamou minha atenção e fez com que eu o pegasse e me surpreendesse com o material.

Na verdade lembro-me especificamente de um, o primeiro livro que me achou, por assim dizer. Não gosto de citar esse livro, porque ele gera muita polêmica por parte dos leigos e isso me incomoda muito, mas posso contar a história.
Estava na biblioteca vendo a parte de religiosos, após um período de grandes contradições religiosas na minha vida, passei por algumas experiências estranhas na religião da minha família e isso me fez desacreditar de muitas coisas.
Estava eu só lendo os títulos quando uma capa roxa piscou pra mim. Ela era roxa, porque não ver?
O título era exótico para estar na parte “religião” e como eu sou pouco curiosa, peguei o livro e comecei a leitura.
Cativou-me à primeira vista e levei pra casa.
Li e vi as respostas para muitas das minhas dúvidas e complemento a muito do que eu acreditava.
Depois desse dia descobri que muita coisa do que eu pensava podia ser interligado de alguma forma, o livro trouxe várias idéias que se encaixavam perfeitamente com as minhas próprias idéias, que antes disso eu achava que eram singulares, mas ao mesmo tempo estranhas por não serem contestadas e refletidas antes, foi como me sentir no lugar certo, achar o caminho.
Tudo do que faço hoje gira em torno desse livro que “me achou”.


E eu acredito nas leis de atração, mesmo que você não queria ou não espere, as coisas chegam até você.
Os últimos livros que chegaram a mim, a coleção do Crepúsculo, foi o Luiz que trouxe sem que eu pedisse diretamente. Os livros Casório e Los Angeles vieram da biblioteca, trazidos pela Gordinhá sem que eu pedisse.
Muitos destes livros trouxeram assuntos pelos quais eu tinha curiosidade, ou que eu queria saber e não tinha ido atrás, ou mesmo coisas que eu precisava ler e não sabia, a maioria deles me ajudou muitro a crescer e a enxergar as coisas de diversos ângulos.

E assim vêem todos os livros até mim, sem que eu tenha que escolhê-los de fato.
Se alguém quiser, fique a vonts pra me mandar um livro, porque eu vou ler com certeza.
Se alguém ficar curioso por saber qual livro é esse que despertou minha curiosidade e que me guia até hoje é só perguntar, que eu respondo no respectivo blog, mas já vou dizendo que não se assuste.
Um dia prometo escrever sobre o livro, mas de uma forma um pouco mais suave do que a forma com que foi escrito.


Bom final de semana a todos!

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