Palácio Lilás – Vales Valinhenses
Muitas pessoas me perguntam: “E aí, como é estar morando no interior?”, “Tá gostando?”, “Já fez muitos amigos?”.
Muitas dessas vezes eu fico na dúvida se minto, ou se sou sincera. Muitas das vezes eu me pergunto se apenas dou uma desculpa e deixo no ar. Muitas dessas vezes eu quero só mudar de assunto pra não ter que explicar nada.
Da próxima vez que alguém me perguntar eu vou dizer apenas www.kalupacheco.blogspot.com.
Vou resumir pra todos de uma forma simples e que vai traduzir exatamente o que eu sinto em relação à mudança.
Estou entediada por não ter nada pra fazer durante o dia.
Saiu o filme do Harry Potter que eu quero assistir no cinema, sem contar os outros que eu queria assistir, mas não com tanta vontade como o filme do Harry, A era do gelo 3 e Uma noite no museu 2.
Dia de tédio + filme novo = passeio ao cinema
Uma equação ótima, porém há uma incógnita oculta, com quem?
Ande pesquisando meu índice de conhecidos daqui que podem ir comigo e cheguei ao incrível número zero.
Minha irmã não quer ir.
O Campneus está trabalhando no horário comercial e tendo reuniões à noite a semana toda e não sabe se elas vão continuar na próxima semana. Quer dizer, menos um amigo. Como ele é meu único amigo mesmo daqui, vamos aos conhecidos.
As amigas de 15 anos não têm dinheiro pra ir, logo, terei que pagar se eu as convidar e eu também já to de saco cheio de aborrecentes no meu pé.
A galera da faculdade trabalha demais, até mandei um recado pra uma delas, sugerindo que fossemos de noite, mas ela não respondeu.
A turma da faculdade que não trabalha não tem dinheiro pra ir.
Os amigos da minha irmã não gostam de Harry Potter, e o único que talvez fosse comigo é de uma religião que tem medo de bruxos.
Pensei em chamar duas vizinhas, mas minha mãe acha que elas são estranhas e não quer que eu vá com elas.
Ótimo, depois dessa análise eu penso que só me resta ir sozinha. Mas se eu for ao cinema sozinha, acho que entro em depressão. Que coisa chata, não ter nem em quem enfiar pipocas simultâneas!
Com esse caso do cinema pode-se imaginar a resposta que eu gostaria de dar a todos que me fazer as petulantes perguntas.
“Eu odeio muito tudo isso!”
Mas como eu não quero assustar ninguém e essa frase trazer um pessimismo absurdo, eu prefiro ficar com a resposta sem resposta.
“Ah, é questão de costume, eu vou me acostumar logo.”
Logo, concluo que as coisas tendem a melhorar, ou explodir, porque estão no auge.
Mas pelos últimos acontecimentos tenho uma esperança de melhora, pois meu quarto já está quase do meu agrado, com a cama no lugar que eu quis, um guarda-roupa {desmontado}, o quarto está da cor que eu queria e com metade das coisas que queria, como meu edredom novo colorido gls lindo, que eu já vinha namorando há mais de um ano.
Pensamento positivo e força.
Todo tende a melhorar se eu quiser.
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