terça-feira, 12 de julho de 2011


Quanto mais leio e vejo coisas sobre o mesmo e batido assunto, mais me inconformo de como as pessoas podem ser tão burras. Muitas coisas das quais eu soube há anos pessoas descobrem agora, mas ainda sim, vagamente. E pior, muitas pessoas escrevem sobre esse tipo de assunto e não acreditam nelas mesmas.
Lendo um livro que presumi que seria interessante, porém fictício, achei rastros dos meus conhecimentos e dos conhecimentos das bruxas.
Toda bruxa sabe onde tem rastro de outras bruxas, como algo escrito por uma, mas neste caso o livro não foi escrito por um bruxo, foi escrito por um leigo nos assuntos bruxos, e a complexidão com que ele explica e a forma como exagera os exemplos me deixa com medo de que o mundo possa re-descobrir a magia antiga.
É algo julgo que ainda vai muito além da compreensão do mundo como um todo, o meu medo é de que as poucas pessoas erradas conheçam as mais poderosas formas de poder.
Algumas explicações como a própria aptidão, a prática, o talento são exploradas no livro. Coisas que podem passar como fictícias a qualquer um que ler, mas as pessoas envolvidas nesse meio sabem do que se trata.
E mais uma vez eu não acredito que foi por acaso que este livro caiu em minhas mãos.
Cada vez mais eu acredito na magia e no poder que ela tem de atrair o mundo mágico até as pessoas mágicas.
Eu, sozinha, já fiz tantas descobertas, e não mais porque em épocas me afasto da magia. Mas talvez um coven que me acolhesse ficasse surpreso com alguns conhecimentos que já tenho.
Aquele que separou a ciência da religião foi o grande tolo.
As pessoas em sua maioria hoje em dia acreitam nas coisas comprovadas pela ciência. A ciência pode escrever quantos livros quiser, mas apenas o que for para a mídia será visto e aceito como ciência, a ciência é o conhecimento público.
A religião é um conhecimento individual, e só é vista com respeito quando muitas pessoas compartilham de um mesmo ideal, escreve-se um livro, juntasse pessoas, convertem-se as pessoas e têm-se uma religião.
Logo, o conhecimento de uma só pessoa, quando descrente por outras, torna-se sem valor. Esta pessoa pode simplesmente escrever um livro e deixar numa grande e velha biblioteca municipal até uma outra pessoa que compartilhe dos mesmos ideais ache o livro.
Por isso é tão difícil que um bruxo seja mundialmente conhecido, ele não buscará provar ao mundo o que ele sabe, descobriu ou fez, ele incentivará aos interessados que descubram por si só.
Um exemplo grotesco é a veleocidade da luz, duvido que as pessoas se interessariam em comprovar a velocidade mundialmente conhecida e fariam milhões de testes até ter uma conclusão que passaria extremamente distante da comprovada.
Não mesmo. Um grupo de pessoas com conhecimento, dinheiro e estrutura divulga a velocidade da luz, outro grupo com conhecimento, dinheiro e estrutura comprova, e eis que temos uma lei científica.
Porém a ciência hoje em dia pensa tão pra frente que não se preocupa com coisas simples que poderiam ser testadas por qualquer ser humano. E são das coisas simples que é feita a magia, coisas do cotidiano, práticas caseiras, descobertas a partir da observação e testes simples.
A base da ciência da socieddade atual talvez não permita alguns tipos de conhecimentos por ter um conceito de realidade tão fechado que não permita uma realidade criada por um ser e apenas realidades coletivas.
Se continuar serão tantos pensamentos, para uma vida toda. É melhor escrever o que pensei antes e deixar a filosofia, a cultura, a ciência, a religião e o mundo pra outra hora.

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