Sábado, 14 de Agosto de 2010 às 02h 13min.
Palácio Lilás
“Era madrugada. Por volta das duas. Estava frio. Era uma madrugada de sexta para sábado. Ela estava em casa, sozinha como sempre. Não conseguia dormir, tinha cochilado mais cedo, mas agora o sono não vinha. Ela estava com uma sensação de alívio, calma.
Vestio seu penhoar, pegou o cigarro e ascendeu antes de abrir a porta da varanda do quarto.
Saiu, encostou a porta pra evitar que a fumaça entrasse no quarto.
Respirou o ar frio, que lhe provocou um calafrio, antes de tragar.
A noite estava calma, escura, uma pequena parte da lua era perceptível no céu nublado.
Não pensava em nada exato, deixava a mente vagar. Sentia o prazer da fumaça do cigarro subindo no ar frio.
Olhou ao longe, admirou a paisagem escura e as montanhas distantes, que ela não tinha certeza se via, ou se apenas sabia como eram por já ter visto-as tantas e tantas vezes de dia que a recordação substituia a falta de visão.
Àquela hora ela não tinha preocupações.
Terminou seu longo cigarro, o período que passou ali na varanda pareceu-lhe horas.
Colocou o fim do cigarro num cinzeiro do parapeito da varanda, olhou mais uma vez em direção às montanhas que ela sabia que estavam lá.
Contemplou o momento por mais um instante.
Abriu a porta e voltou ao mundo real.”
Há um ano
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