sábado, 13 de novembro de 2010

17 de Outubro de 2010 às 13h43min.
Capela.


Vim fazer uma prova numa escola aqui na capela.
A escola é muito bonita. Nova, arrumada, espaçosa e tem jardins.

Me deu uma vontade imensa de ser professora de primário aqui.
{Eu tenho vontades loucas que vêm do nada.}
Mas seria muito bom.

Talvez eu faça licenciatura em alguma coisa qualquer só pra dar aulas pros pequenos.
Acho o máximo poder participar do desenvolvimento e dividir meus conhecimentos com crianças pequenas.
Adoro.


--------------------*--------------------



3 de novembro de 2010 às 06h59m30s.

Era cedo, o sol ainda não estava, mas viria em breve.
Ela, já sentada em um banco recém pintado de verde da rodoviária, observava o fluxo de pessoas e os ônibus que encostavam rapidamente nas plataformas.
O sol começava a subir lentamente por detrás das construções do centro da cidade.
O dia seria quente, as nuvens não passavam de leves brumas no céu da manhãm que logo se dissipariam, quando o dia ficasse mais quente.
Sentia o calor percorrer-lhe o corpo, sentia o sol pousando nela.
Quando o sol alcançou seus olhos ela abaixou a cabeça para evitar o contato direto.
Viu suas mãos que descansavam sobre suas pernas.
Algo pareceu ofuscar-lhe a vista como o sol que evitou.

Era a prata que reluzia em seu dedo anelar.
Seu belo anel parecia maior e mais brilhante.
Um suspiro.
Percebeu que pensava nele, e que parte do brilho da prata não era reflexo do sol, e sim reflexo de si mesma, do seu interior, dos sentimentos que aqueciam o coração quando seu pensamento estava nele, do amor que tinha por ele e por causa da felicidade em tê-lo ao seu lado.
Não, de fato neste momento, mas o tinha e sabia disso.

Talvez ele estivesse pensando nela também neste momento, e por isso o sentimento tão forte da presença dele.

E tudo que desejou foi seu forte abraço e seu delicioso beijo de bom dia...



--------------------*--------------------



9 de novembro de 2010 às 00h40m29s
O Palácio Lilás dormia na escuridão, mas a mente dela não conseguia descansar.

Quer saber? Não conte comigo! Não mais.
Porque eu me lasco, atraso o meu, tomo bucha sem ser culpada, ainda te defendo e você dá de ombros? E você ainda fala 'que se lasque'?
Que se lasque você agora, sozinho!
Não tenho uma palavra mais sutil, não que você seja merecedor de pena. Mas a sua vadiagem tá demais.
Não vejo como pode ser outra coisa.
Vagabundo!
Você não é assim, isso é um estado proveniente da sua insatisfação, eu sei, mas tome coragem e reclame suas insatisfações pra pessoa certa, que não sou eu.
Entenda que sua vadiagem e sem-vergonhisse de matar o trabalho envolve outras pessoas, então diga que é você quem não está fazendo e você quem não quer fazer, assuma você sozinho seu abandono de posto de trabalho, sem comprometer seus 'amigos' que estão em volta.

Vou ficar na minha, falar sim senhora, mas não fazer o seu.
E amanhã eu serei má, faça o que você quiser e o que você puder, porque eu estou fora. Aprenda que você é o responsável pelo seu serviço. E se disserem que sou eu, vou pedir que te mandem embora e me dêm o seu salário que eu farei o seu trabalho, sem reclamar e sem sofrer.
Eu gosto de você, és uma boa pessoa, mas se jogar mais coisas pra mim, a conversa vai mudar de tom. Cansei.
Enquanto você mata o tempo, fica no oscio, eu atraso minhas coisas pra fazer as suas.
Enquanto você ganha dinheiro sem trabalhar eu trabalho por dois?
Acho que tem algo errado.
Faz o seu que eu faço o meu.

E que fique claro que somos amigos, mas eu não terei compaixão ao derrubar-lhe do cavalo. Cavalo ou mula? Mula esta que te carrega e que percebo que sou eu. Já suportei demais, já fui legal demais.

Nenhum comentário: