terça-feira, 5 de outubro de 2010


Palácio Lilás.
Quarta- feira, 6 de Setembro de 2010 às 00h20min.

Tem coisas que são extremamente difíceis para mim.

Com por exemplo não ter notícias do meu consorte e ir deitar me tranquilamente pra dormir.
Não consigo aceitar o fato de que talvez ele tenha chego apenas cansado e foi dormir cedo.
Continuo a esperá-lo a madrugada toda...
Quanto a isso sou muito leal, todo dia eu estarei lá, esperando, esperando, esperando...
E quanto maior a espera, maior a ansiedade pela chegada da pessoa querida, maior meu nervoso e mais fértil fica minha mente.
O tempo passa e mais de mil hipóteses e histórias são criadas na minha mente pra justificar, ilustrar ou fazer-me desconfiar do atraso.
Desde coisas bem bobas, até coisas terríveis e que me dão vontade de chorar só de pensar.
E por mais preocupada que eu esteja, a teimosia me vence, e eu não ligo, eu não vou embora, eu não desisto, e acredito sempre que logo, já já, ele chega.
Nem que seja só pra me dar boa noite e me por na cama.
As horas passam e meus olhos seguem os ponteiros do relógio, contando cada minuto.
Não é desconfiaça, é preocupação.
Uma parte de mim tenta me convencer de que ele chegou cansado e foi se deitar, mas sempre tem a parte incrédula que só descansa quando tiver a certeza.
Pra que se torturar com isso? Não seria mais fácil ligar? Um telefonema acabaria com essa angústia, e talvez o acordaria, mas saberia que ele está bem!
Não.
Eu continuo aqui, com o passar do tempo, deixando mil obrigações que tenho por fazer, apenas para acompanhar o relógio e esperar pelo momento que o sono me derrubara em cima do teclado, ou que ele simplesmente dirá que chegou bem.

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