domingo, 1 de agosto de 2010

Sábado, 31 de Julho de 2010 às 23h47min.
Palácio Lilás

Gostaria de ter uma casa. Uma casa grande, bem grande e espaçosa. Com muitos quartos e áreas comuns que comportassem quantas pessoas eu fosse capaz de amar.
Gostaria que a casa fosse num local afastado dos grandes centros urbanos, para que o ar fosse mais limpo e a qualidade de vida melhor. Gostaria que as vidas das pessoas que morassem em casa fossem mais calmas e tranqüilas.
Nessa casa vai morar todas as pessoas que eu mais amo na vida.
Pessoas com as quais eu sei viver sem, mas que me fazem uma falta que faz meu coração doer.
Meus pais. Minha irmã linda que eu tanto amo. O Luiz Fernando amor maior da minha vida.
Minhas queridas avós, mas teria que ter duas cozinhas. Minhas tias, minhas primas lindas, minha pequena Ana Luiza.
Queria também a Gabriella que poderia ir com sua futura família, o vereador Oswaldo.
Queria o Jhow. Queria o Pivetta. Queria a Milena. Queria o Fuinha.
Queria a Mariana, minha companheira de noites passadas, baladas, festas miadas, viagens agitadas, aulas matadas, gargalhadas bem dadas.
Queria o Liédson, meu padrinho, amigo muito muito especial.
Queria o meu menino coxinha, meu CP, meu nerd preferido, Fulvio. Queria a amiga cor de papelão dele, a minha negra mais linda que eu tanto amo, Sara, que seria minha vizinha de quarto, para voltarmos a dar as mais gostosas risadas pelos mais bobos motivos.
Queria os grandes amigos, os imensos amores.
As pessoas iriam ganhar um quarto conforme meu amor e carinho por elas fosse crescendo, pessoas que tenho pouco tempo de convivência, mas que já significam muito pra mim, seriam colocadas em quartos mais perto.
Queria assim nunca ter de sentir saudades.
Assim nunca sentiria falta, saberia que mais tarde, estariam todos em casa. Juntos comigo. Mesmo que demorassem a chegar, nos veríamos sempre.
Eu sei que eu me apego muito às pessoas que tenho afinidade, mas sinto que sofro ainda mais com a falta que me fazem por não poder estar com elas.
Talvez eu precise de uma vida com mais amor nesse momento, por isso essa crise nostálgica e essa vontade de abraçar o mundo e querer chorar por não poder.
Meu coração está apertado e eu acho que é saudade.

Quando me mudei e fiquei só achei que seria o auge da solidão. E foi. Pessímo. Queria morrer, ou melhor, simplesmente voltar. Fiquei sem ninguém por um tempo, estava acostumada a ter aquelas mesmas pessoas sempre comigo e ao me ver sozinha, fiquei em choque. Depressiva. Afoguei-me nos livros e na busca por companhia, mesmo que essas novas companhias não me ouvissem e apenas contassem suas histórias.
Quis gritar. Chorei. Ninguém me ouviu. Ninguém veio ao meu socorro.
Passou e eu vi que as coisas mudavam e que era mais difícil, mas superável.
As pessoas desse novo ambiente em que estou com idéias totalmente diferentes das minhas tornava tudo ainda mais difícil.
Depois de todo esse tempo, vejo-me bem, feliz, mas num período nostálgico, com medo de que talvez a distância realmente possa separar as pessoas e fazê-las me esquecer.
Preocupo-me. Quero estreitar relações que percebo mais distantes. Tenho medo de ter parecido que deixei alguns dos amigos por estar longe e não ter visto os com a freqüência que sinto necessidade.
Essa onda nostálgica traz esse medo e me preocupa. Não quero me afastar dos amores da minha vida. São pessoas muito especiais.
Saibam todos que eu ainda os quero por perto.
Muito perto.
Amo.

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