domingo, 5 de julho de 2009

Domingo, 5 de julho de 2009 às 01h36min.
Palácio Lilás
... Porque a criatividade não tem hora nem lugar.

Terminei o livro Lua Nova, e estou desapontada. Sempre fico desapontada com as mocinhas burras dos livros que leio.
E pior que o livro é apenas uma forma encantada de mostrar o que realmente acontece na vida real.
O cara que é o certo, aquele que cumpre e honra suas promessas é o rejeitado no final, trocado pelo cara todo errado, que fez tudo para ser reprovado e nos seus pensamentos egoístas fez apenas o que achou “ser o melhor para todos”.
A história é boa, mas as decisões insanas da personagem me irritaram, a fraqueza dela me decepcionou e muito.


Estava em meio às minhas cobertas, quase mergulhada em meus pensamentos e pré-sonhos, mas de repente me veio a vontade de debater, de pensar, de questionar, de comparar e uma força maior me trouxe pra cá, a escrever.
Coisas inusitadas acontecem na vida da gente o tempo todo e poucas delas agente consegue perceber e parar para refletir sobre.

Ele me ama, muito mais do que eu queria, muito mais do que a atual namoradinha que ele tem.
Eu sou aquela, que como na história, faz tudo errado, faz tudo de mais egoísta achando que é o melhor e mesmo assim sei que se voltar, ele larga tudo e vem comigo.
Aquela que fez tudo ser um desastre e mesmo assim ele considera glorioso.
Lembranças que ele guarda como as melhores de sua vida, os poucos momentos que passou ao lado daquela que não estava nem aí.
Aquela covarde que quando percebeu que ele a amava, deu as costas e disse tchau, sem mesmo dar-lhe um motivo.
E mesmo depois de todo esse tempo ele ainda a ama. E não tem o menor problema em lhe confessar isso o número de vezes que for preciso pra que ela tenha essa certeza.
Ele vive sem ela, mas estaria muito melhor se a tivesse.
Num momento ela teve escolha, e achou melhor não escolher, apenas dando as costas.
Sempre quis fazer a diferença pra alguém, mas não de uma forma tão singular e tão marcante.
Sinto-me culpada por ele amar mais a mim e por saber que este amor não tem futuro.
Não só pela distância, mas por opção minha de não querer mais.
Uma opção que foi feita há algum tempo, que não vai mudar, mas mesmo assim, sei que ele ainda tem esperança, por mais fria que eu possa ser, por mais estúpida e sem coração, ele continuará a me amar.
Ele já disse, ele já tentou, mas é algo que não se pode dominar.


Todos têm um príncipe/princesa encantado na vida. Algumas pessoas conseguem se juntar à eles e ser correspondido. Mas a maioria segue sua vida.
Muitos se casam com outros amores, não tão fortes, não tão intensos quanto o príncipe, mas são felizes.
Só que se em algum momento esse príncipe pode surgir, ele pode destruir uma vida toda encaminhada, um príncipe pode destruir uma família perfeita.
Pois se o príncipe chegar a sua porta e disser vamos, você vai sem mesmo saber pra onde, você vai sem nem saber se amanhã ele ainda estará com você.
E aquele que é seu porto seguro estará arrasado, e talvez você seja o príncipe para aquele que foi deixado, e quando voltar desolado, ele vai estar lá para te receber.
Mas com que freqüência isso ocorre?
É melhor ser o porto seguro de alguém ou o príncipe encantado?
Até onde podem ir as loucuras e as conseqüências dos impulsos gerados pelos príncipes?
É melhor ter um porto seguro ou um príncipe encantado?
Eu já pensei ter meu príncipe encantado, não sei se hoje ele ainda representa tudo que foi num passado não tão distante, pois posso dar a certeza de que ele não significa nada mais e ao vê-lo, largar-me em seus braços sem ver nada mais além dele.
É fácil saber quem é seu príncipe. É aquele ser pelo qual você largaria tudo. Tudo mesmo, desde casa, dinheiro, emprego e até família. Só que para descobrir isso você tem que passar por uma situação onde você terá essa vontade de fugir com alguém.
O príncipe pode ser um sapo. Ele pode ser feio, sujo, viver num lago distante, pode não ter nada que chame a atenção, pode ser um lixo, pode ter todos os defeitos do mundo. Mas quando ele se aproxima você estremeci, quando ele sorri, você não consegue ver mais nenhum defeito, e mais nada além dele.
O príncipe faz com que você se torne cega e burra, trocando o mais perfeito dos companheiros, o mais seguro dos portos por uma aventura apenas.
Os príncipes dificilmente retornam, ao perder o príncipe uma vez, não espere reencontrá-lo logo.
Os príncipes têm grande potencial para gerar amor à primeira vista.
Nossos príncipes nem sempre nos acham sua princesa.
É uma teia, onde você pode estar diretamente ligado ao príncipe, como as metades da laranja, almas-gêmeas, como podem estar num plano paralelo na maior parte do tempo, que acabaram por se cruzar uma vez ou outra.

Sei que sou a sua princesa, sei que você deixaria tudo por mim.
Mas o que fazer quando você é a princesa de alguém, mas este alguém não é o seu príncipe?
Dar-lhe uma chance? Tentar uma vida com ele? Fazer dele o seu porto seguro?
Se a escolha for esta? Se você tiver uma vida feliz ao seu lado? Mas se seu príncipe aparecer?
O príncipe encantado é algo mágico, é algo que não se define com simples palavras. É preciso sentir para compreender.
Mas e se a escolha for a espera do seu príncipe? Se ele não aparecer? E se ele já tiver passado? O que é pior!
A vida pode ser simples e fácil se você não pensar.
Você pode apenas viver e dizer que ama, mas e quando alguém disser que te ama sem que você espere por isso?
Isso já me aconteceu:
“- Eu amo você!
- Hum... Legal!”

Ia mentir e dizer que amava?
E quando você diz que ama e não é levado a sério?
“-Eu amo você!
-Ama nada! Pára com isso!”

Você pode estar decepcionando alguém que te considere o príncipe encantado.


Os pensamentos voam longe por causa da leitura de um romance. Sou uma pessoa romântica, por mais fria que possa parecer àqueles que buscam um espaço em meu coração.
Acho que gosto dos romances, pois me despertam para uma realidade mais difícil do que qualquer outra para mim, que é amar de verdade uma pessoa.
Mesmo amando muito uma pessoa é possível deixar isso de lado e seguir uma vida com outra?
Esse amor adormece e pode acordar num momento impróprio?
É possível matar o amor e apagar as pegadas que ele já marcou no se caminho?
Diz o Jay que “o tempo cura toda e qualquer dor de amor”, mas e se não chegar a ser uma dor?
O amor que dói eu acredito que pode se curar, assim como um amor ferido, um coração despedaçado, uma maldade ou uma decepção.
Mas aquele amor do qual não se tem certeza?
Aquele que diz que ama hoje e que amanhã não está mais aí para dar satisfação?
Aquele que sempre deixa a incerteza se devemos mesmo ir atrás dele.
Aquele amor que traz os mais belos sonhos...
Aquele amor que mesmo proibido, mesmo que todo errado, é o que você tem mais vontade de viver intensamente.
Você espera algum tipo de amor?
Que tipo de amor você espera para sua vida?
Eu sonho com esse amor de príncipe encantado, amor de verdade, amor pra sempre.
Eu sempre digo: amor que é amor, nunca acaba!
E é um destes que eu quero encontrar, algo mais forte que eu, que não mantenha minha cabeça no lugar.
Um amor pra sempre, que pode não acontecer sempre...
Um amor pelo qual eu deixaria tudo, mesmo sabendo que ele pode não estar lá ao amanhecer...
O que importa não é ser eterno, pois se for intenso o bastante conquistará a eternidade.
Pois uma vida bem vivida, é uma vida bem amada, mesmo que esteja resumida em ser amada apenas por um dia...

5 comentários:

Anônimo disse...

por estas e outras que não leio romance e detesto o amor, tanto na ficção como na vida real, ele não vale a pena

A Madrasta Má disse...

Será que tenho um princípe encantado? hahahaha um padrasto bom hahahaha qto aos livros, isso vale para os filmes sniff!!!! Bjinhos da Madrasta!

Ju disse...

Guria, desculpa por não vir mais aqui. Estou tentando voltar a visitar os blogs que adoro aos poucos!
Obrigada por todos os recados e pelo convite de passar uma temporada por aí!! heheheheh
Bjos!!!!!

Blog Dri Viaro disse...

Vim deixar bjs e boa noite!!

disse...

Karol.... pra quem não tinha ispiração vc deu um show. Menina, pode virar escritora.
Sobre essa coisa de príncipes, minha avó dizia uma coisa que as vezes me vem em mente... a gente nunca fica com nosso grande amor. Lembrei disso lendo seu texto. Pode ser verdade.

Agora entendi pq vc achou a Bella babaca, e desta forma, concordo ctg. Estou agora começando o Eclipse... espero gostar mais do que Lua Nova.

beijokas