quinta-feira, 9 de julho de 2009

{...parte II}
Chegando ao carro que a levaria até a chácara da família, estava seu amado amigo de todas as horas, vestido com o mais belo black-tie que ela já o vira usar na vida, segurando a porta, cavalheiro como sempre em todos estes anos, olhando a com uma expressão de satisfação e felicidade. Era a aprovação que ela mais queria, mais do que antes, ela sabia que estava fazendo a coisa certa.
A chácara da família tinha seda branca na varanda, fechando a cerimônia de forma elegante e acolhedora. Tinham muitas flores rosadas, algumas primaveras na entrada da chácara traziam um rosa choque muito bonito, e as flores em tons rosa, cuidadosamente selecionadas para decorar a varanda, deixavam o conjunto suave e bonito.
Era uma cerimônia simples, que só estava sendo feita para que ela usasse o tão famoso vestido branco que desenhara, pois até quem celebraria a cerimônia e daria a bênção seria o pai do noivo, nada de sacerdotes, padre, monge, frade, pastor, guardião, nem nenhum título ligado a religiões.
O importante era a bênção dos pais e da família, o apoio dos amigos na sua decisão, para que ela se tornasse realmente válida.
Viu-se formar um tumulto quando o carro da noiva foi notado na entrada.
Contornaram a chácara e pelos vidros fumês a noiva podia ver a todos sem ser vista ainda.
Puxou o véu quando o carro parou, sua mãe ajeitava a tiara do véu e Mel o vestido, para que ela saísse triunfante. As outras mulheres que estavam na casa tinham ido com outro carro e esperavam já nos seus lugares na varanda.

O pai da noiva abre a porta do carro e estica a mão para acompanhá-la até o pequeno altar ao fim da varanda em L, que sem todas aquelas cadeiras e mesas, sem todas aquelas pessoas, Raquel julgaria grande.
Sentiu o coração parar ao se colocar de pé ao lado do pai, que estava usando um belo smoking negro, mas percebia-se que não chegava ao preto, talvez um azul muito escuro.
O sol se pondo no horizonte no final da tarde enchia a varanda com uma luz alaranjada, dando uma cor muito bonita ao casamento. A música começava suave e parecia estar tocando tão longe.
Todos esperavam ansiosos quando ela entrou na varanda após a filha da sua prima, a daminha de honra.
Estava gloriosa, o momento era único, o tempo havia parado pra ela, era como se nunca fosse ter fim. Ela não via seu querido noivo ainda, pois estava na entrada da varanda e ele estava após o L.
Estava ansiosa e feliz. Sorte escolher um sapato com salto ao invés de uma sandália salto agulha, pois tremia tanto que na certa cairia da sandália.
E em segundos, ela já virava a varanda e o avistava.
Ele estava todo de branco também, barba feita, cabelo cortado e bem penteado, com uma pele num tom moreno perfeito, um sorriso prá lá de arrasador, e ela tinha a certeza que era por sua inteira causa. Que ela era o motivo dele estar tão radiante.
Há semanas que não o via tão bonito. Mentira, nunca tinha o visto tão lindo daquela forma, nem nunca tinha estado tão nervosa por vê-lo e nem tão feliz.
O pequeno altar estava muito bem decorado e ela via o resultado de meses de nervoso e correria para deixar tudo do seu jeito, da forma mais bonita que conseguia, mas sem pensar exatamente nisso.
Viu o pai do seu noivo esperando, com o mesmo sorriso no rosto, porém menos intenso que o do filho.
Respirou fundo e passou os olhos por todos os rostos que estavam a admirá-la.
Eram todos conhecidos, todos queridos, todos especiais, todos amados por anos.

Ela não conseguia ouvir nada mais, agora que ele a tomava nos braços e a conduzia até o altar em apenas um passo curto, todos pareciam ter sumido. A música continuava distante, mas os batimentos do seu coração pareciam muito mais altos do que a música e ela tinha certeza que todos o ouviam pulsar.
Seus olhos enchiam-se de lágrimas, mas ela as segurou com firmeza nos olhos.
Um momento e então ouviu a frase que sempre esperou, desde os tempos de adolescente, a frase que desde a primeira vez em que ouviu ela quis inserir em sua história. A frase que a faria dele inteiramente, sem perguntas, sem respostas, era uma cerimônia incomum como tudo na vida dela, era algo que não tinha como mudar de idéia, não tinha como ficar em dúvida, nem como desistir.
Naquela voz grossa e num ritmo constante, as palavras foram declamadas como se não tivessem sido escritas antes, como se formassem uma composição inédita, que vinham de dentro dele com força e emoção o bastante para derrubá-la ali mesmo.
“Com esta mão eu espantarei todas as suas tristezas...
Seu cálice nunca estará vazio porque eu serei o seu vinho...
Com esta vela eu iluminarei o seu caminho na escuridão...
E com este anel, peço a você que seja minha!”


Um suspiro. O mais profundo.
Um beijo. O mais envolvente.
E por fim, ela era a esposa dele.

3 comentários:

Unknown disse...

oi amore!!
Engraçado...
Eu nunca senti dificuldade de vizualizar esse blog, porque só uso o mozila...


Vc usa internet né!?

Já deixei de usa-la a muitos anos pq além de ser muito lenta, as coisas não abrem direito!!

Tenta intalar o mozila no seu comput. é otimo!!

E e num for isso tmb o problema, ai já não sei!!!

=D

bju, obrigada pelo aviso amore!!

Carla Martins disse...

Passando pra desejar um fim de semana com TUDO DE BOOOOM!!

Anônimo disse...

ah história de casamento, gata, to achando meu amor de novo, tomara que de certo, bjus